06 abr, 2021

Com o objetivo de perceber qual o impacto e quais os efeitos que a pandemia por Covid-19 estão a ter nas empresas sedeadas na área de abrangência da ACICB – Associação Comercial e Empresarial da Beira Baixa -, esta Associação levou a efeito um inquérito às empresas.
A pandemia e os confinamentos decretados pelo Governo para minimização do contágio têm tido efeitos “muito penalizadores”, refere a associação, acrescentando que “este inquérito veio demonstrar que, das 400 empresas que responderam, quase 90% afirmaram ter tido redução na faturação”.
Quantificando a percentagem de redução na faturação, 119 empresas declararam ter tido uma quebra superior a 60%.
As atividades mais representadas na resposta ao inquérito foram os serviços de cabeleireiro e estética (17,3%), seguidos de cafés (14%) e restaurantes (11,8%).
Ainda que a grande maioria das empresas (90,5%) não tenham tido necessidade despedir trabalhadores, 31 empresas afirmaram ter despedido 2 ou mais funcionários. Ainda no campo do emprego, 31,3% das empresas indicaram ter sentido dificuldade no pagamento dos salários.
No que diz respeito a impostos e outras obrigações derivadas da vida empresarial, 83,8% dos inquiridos revelam ter conseguido fazer face a todas as despesas.
Relativamente a créditos, 21% das empresas que os contraíram indicam não ter conseguido pagar atempadamente os seus créditos.
Uma grande parte dos inquiridos (73,8%) revelou ter recorrido aos apoios disponibilizados pelo Governo e por outras entidades e 90,3% considera que estes não são suficientes para fazer face à atual situação em que se encontram.
Olhando para o futuro a curto prazo 39,8% das empresas confessaram ter liquidez para apenas mais um mês e 85,5% indicaram que não irão fazer novos investimentos.
Alguns dos dados destacados pela ACICB, em comunicado enviado à nossa redação, onde classifica a situação de “muito preocupando”, uma vez que a adesão ao inquérito foi muito expressiva.
Entre várias conclusões, a Associação destaca duas que considera relevante, a primeira é “que as consequências desta pandemia são catastróficas no que ao pequeno comércio diz respeito” e a segunda é “que os apoios não têm sido suficientes”.
A ACICB estima que “mais de 20% do tecido empresarial da região não consiga sobreviver a esta crise”.